Por: Luís Filipe Menezes

No âmbito do desenvolvimento do projeto do TGV, e em total desrespeito pela lógica democrática e pelo bom senso, foram reiniciadas medições e levantamentos topográficos em várias freguesias do concelho de Gaia – tudo isto sem qualquer consulta ao futuro Executivo da Câmara Municipal, o que seria impossível antes das eleições de 12 de outubro.

Este tipo de atuação é inaceitável, sobretudo em pleno período pré-eleitoral. O único resultado é alarmar cidadãos que merecem respeito, ignorando os órgãos políticos legitimamente eleitos e o princípio básico da representação democrática.

Por isso, exigimos desde já às autoridades políticas nacionais que ordenem a imediata suspensão destes atos abusivos e irresponsáveis.

Mas os Gaienses podem estar certos de uma coisa: nenhuma intervenção avançará no terreno sem negociações abertas, transparentes e frontais com a futura Câmara Municipal, a Assembleia Municipal, as Juntas de Freguesia envolvidas e os representantes das populações afetadas.

Esse debate leal e democrático deverá abordar, com profundidade e seriedade, dois pontos fundamentais:

  • A localização da futura estação do TGV em Gaia
  • O traçado urbano desde Espinho até à travessia do concelho

Não aceitaremos que se aplique um critério de preservação da superfície citadina na chegada a Lisboa, enquanto se impõe uma atitude devastadora sobre o território de Gaia. Gaia merece respeito e equilíbrio na forma como é integrada neste projeto nacional. Muito em especial, a população residente nas freguesias de Vilar do Paraíso, Canelas, Perosinho, Serzedo e Grijó.

Além disso, exigimos a rápida eliminação dos constrangimentos administrativos que hoje limitam injustamente o desenvolvimento urbanístico do nosso concelho. Gaia não pode continuar refém de imposições autoritárias que travam o seu progresso.

Com a nossa gestão, as populações estarão no centro das decisões. Não serão ignoradas, nem abandonadas à sua sorte.

Luís Filipe Menezes
Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Gaia pela coligação PSD–CDS–IL