Paulo Rangel: candidato
a Presidente da Assembleia Municipal
O regresso às origens
O atual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, é o candidato da coligação Gaia Sempre na Frente à Presidência da Assembleia Municipal de Gaia.
Natural de Vila Nova de Gaia, onde nasceu a 18 de fevereiro de 1968, Rangel cresceu entre Gaia, Porto e Gondomar, numa infância marcada pela proximidade ao pulsar cívico e cultural do norte do país. Hoje é uma das figuras mais influentes do panorama político nacional.
Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, onde mais tarde viria a lecionar Ciência Política, Paulo Rangel construiu uma sólida carreira como advogado e académico, com especialização em Direito Administrativo e Constitucional.
A sua paixão pelo pensamento político levou-o a investigar em universidades europeias e a publicar obras como “Repensar o Poder Judicial” (2001).
O livro, que reúne textos e intervenções inéditas de Paulo Rangel, propõe uma análise crítica e filosófica sobre o papel do poder judicial nas democracias contemporâneas, com especial enfoque na legitimidade, na separação de poderes e na função dos tribunais.

Um percurso enraizado no PSD
A ligação de Paulo Rangel ao Partido Social Democrata (PSD) começou formalmente em 2005, quando foi eleito deputado à Assembleia da República. Rapidamente se destacou, assumindo a presidência do grupo parlamentar do PSD em 2008, sob a liderança de Manuela Ferreira Leite.
Entre 2009 e 2024, foi eurodeputado, eleito como cabeça de lista nas eleições europeias de 2009, 2014 e 2019. No Parlamento Europeu, integrou comissões de grande relevância, como a das Liberdades Cívicas e dos Assuntos Constitucionais, e foi vice-presidente do Partido Popular Europeu.
Em julho de 2022, foi eleito vice-presidente do PSD, cargo que manteve até à sua entrada no XXIV Governo Constitucional, em abril de 2024, como Ministro dos Negócios Estrangeiros.
No seu atual papel governativo, Rangel tem-se destacado pela firmeza diplomática e pela defesa dos direitos humanos, como demonstrado nas suas recentes intervenções sobre o conflito israelo-palestiniano.
Com as raízes em Vila Nova de Gaia
Apesar da projeção internacional, Paulo Rangel nunca perdeu o vínculo à sua terra natal. Vila Nova de Gaia não é apenas o local onde nasceu. É o ponto de partida de uma trajetória marcada pelo compromisso com o serviço público, a justiça e o pensamento político estruturado.
A cidade moldou o seu olhar sobre o país e o mundo, e continua a ser uma referência afetiva e simbólica no seu percurso. “Há momentos em que somos chamados a voltar às origens. Mesmo quando nunca saímos delas”, afirmou Paulo Rangel no discurso de apresentação da sua candidatura.
De corpo inteiro neste projeto autárquico de Vila Nova de Gaia para presidir à Assembleia Municipal, Paulo Rangel está lado a lado com Luís Filipe Menezes, que, lembra, também volta a um território “de que nunca saiu, onde sempre esteve e cujo coração lhe pertence por direito e por obra realizada”.

Vibrava com Sá Carneiro
Sobre si, no livro “Jesus e a Política – Reflexões de um Mau Samaritano” (2015), de que é autor, Paulo Rangel escreve o seguinte:
“Dizem-me que nasci em 1968, antes de Maio. Cresci por entre Gaia, Porto e Gondomar. Estudei no Colégio dos Carvalhos e na Católica do Porto, instituições carismáticas. Fiz Direito, dou aulas, advogo no Porto, engendrei mais livros do que filhos. Defino-me, de há muito, como cristão de cultura católica e como federalista. Ainda criança, vibrava com a política, o PPD e Sá Carneiro. Viajei muito, com os pais, a sós e com amigos. Viajo hoje ainda mais, com a âncora e as velas no Porto-Norte. Não prescindo da história nem da mesa, gosto de escrever, mas a vida pôs-me a falar. Tudo devo à família e a tantos outros, dos quais lembro Lucas Pires e Gomes Canotilho. A Europa foi um amor sereno que degenerou em paixão. Se morresse amanhã, se morrer amanhã, ainda serei feliz. Depois, não sei.”